"É tempo de acender uma lâmpada, varrer cuidadosamente a casa e procurar a moeda perdida até encontrá-la. É tempo de reunir amigas e vizinhas para dizer: alegrem-se comigo. Eu encontrei a moeda que tinha perdido” (cf. Lc 15,8-9).
De diversas partes do RS chegamos para um Seminário Estadual, nos dias 7 a 9 de agosto, na CAJU – Casa da Juventude, Porto Alegre. Na alegria do encontro nos acolhemos mutuamente. Éramos 65 participantes de 18 Congregações e uma leiga. Iniciamos com a partilha da riqueza de toda Vida Religiosa Inserida do Brasil, pela memória do Seminário Nacional que aconteceu em Carpina/PE, em abril deste ano. Foi ponto culminante do processo de revitalização da VRI no Brasil, na partilha de experiências, celebrações e reflexões que nos confirmam e desafiam a permanecer na inserção e a avançar em novos espaços e novas práticas transformadoras.
Situando-nos no contexto amplo do momento atual, no nível sócio-político-econômico e eclesial, nos detivemos em alguns aspectos relevantes da Igreja e da VR no RS. Constatamos os dois grandes paradigmas que definem, hoje, as posturas políticas, econômicas e sociais diferenciadas: o paradigma do desenvolvimento econômico, oriundo da revolução industrial e o paradigma sócio-ecológico. E como Igreja nos percebemos com práticas decontextualizadas, incapazes de responder às perguntas do momento atual, distantes dos pobres e das questões sociais.
Retomamos o itinerário da VRI nos Meios Populares no RS. Nos alegramos com os caminhos feitos; constatamos os limites e desafios e reafirmamos a importância da proximidade com o pobre como questão de fidelidade ao seguimento de Jesus. O testemunho de pessoa leiga nos confirma no assumir de uma VR que visita, acolhe, anima e faz, junto com o povo, processos de libertação. Teologicamente resgatamos fundamentos básicos para nossa inserção: mística, profecia e testemunho, pautado na certeza da presença de um Deus que é amor, que cuida da vida, sobretudo da vida mais ameaçada. Na inserção, os pobres são profecia para nós e a comunidade inserida é profecia para as instituições e o mundo.
Das reflexões e partilhas que aconteceram neste Seminário, assumimos alguns compromissos:
- Radicalidade na opção pelos pobres;
- Proclamação da prioridade da missão acima da instituição;
- Presença e animação nas CEBs, sobretudo na formação de novas lideranças;
- Participação nos espaços de elaboração e controle das Políticas Públicas;
- Articulação e partilha de posturas e de práticas, buscando maior representatividade da VR nos diferentes espaços públicos;
- Maior sensibilidade e novas posturas ecológicas;
- Apoio e defesa da permanência das duas Romarias: da Terra e do Trabalhador.
Animadas/os pela certeza de um Deus que está no meio de nós e nos acompanha, e pelo reencontro, pela vida partilhada, rezada e iluminada, retornamos na convicção que a VRI está atuante no RS e tem o desafio de avançar em novas formas e espaços de presença solidária.
Porto Alegre, 09 de agosto de 2009.
De diversas partes do RS chegamos para um Seminário Estadual, nos dias 7 a 9 de agosto, na CAJU – Casa da Juventude, Porto Alegre. Na alegria do encontro nos acolhemos mutuamente. Éramos 65 participantes de 18 Congregações e uma leiga. Iniciamos com a partilha da riqueza de toda Vida Religiosa Inserida do Brasil, pela memória do Seminário Nacional que aconteceu em Carpina/PE, em abril deste ano. Foi ponto culminante do processo de revitalização da VRI no Brasil, na partilha de experiências, celebrações e reflexões que nos confirmam e desafiam a permanecer na inserção e a avançar em novos espaços e novas práticas transformadoras.
Situando-nos no contexto amplo do momento atual, no nível sócio-político-econômico e eclesial, nos detivemos em alguns aspectos relevantes da Igreja e da VR no RS. Constatamos os dois grandes paradigmas que definem, hoje, as posturas políticas, econômicas e sociais diferenciadas: o paradigma do desenvolvimento econômico, oriundo da revolução industrial e o paradigma sócio-ecológico. E como Igreja nos percebemos com práticas decontextualizadas, incapazes de responder às perguntas do momento atual, distantes dos pobres e das questões sociais.
Retomamos o itinerário da VRI nos Meios Populares no RS. Nos alegramos com os caminhos feitos; constatamos os limites e desafios e reafirmamos a importância da proximidade com o pobre como questão de fidelidade ao seguimento de Jesus. O testemunho de pessoa leiga nos confirma no assumir de uma VR que visita, acolhe, anima e faz, junto com o povo, processos de libertação. Teologicamente resgatamos fundamentos básicos para nossa inserção: mística, profecia e testemunho, pautado na certeza da presença de um Deus que é amor, que cuida da vida, sobretudo da vida mais ameaçada. Na inserção, os pobres são profecia para nós e a comunidade inserida é profecia para as instituições e o mundo.
Das reflexões e partilhas que aconteceram neste Seminário, assumimos alguns compromissos:
- Radicalidade na opção pelos pobres;
- Proclamação da prioridade da missão acima da instituição;
- Presença e animação nas CEBs, sobretudo na formação de novas lideranças;
- Participação nos espaços de elaboração e controle das Políticas Públicas;
- Articulação e partilha de posturas e de práticas, buscando maior representatividade da VR nos diferentes espaços públicos;
- Maior sensibilidade e novas posturas ecológicas;
- Apoio e defesa da permanência das duas Romarias: da Terra e do Trabalhador.
Animadas/os pela certeza de um Deus que está no meio de nós e nos acompanha, e pelo reencontro, pela vida partilhada, rezada e iluminada, retornamos na convicção que a VRI está atuante no RS e tem o desafio de avançar em novas formas e espaços de presença solidária.
Porto Alegre, 09 de agosto de 2009.
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